terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quais impactos ambientais que o lixo,que pode conter CDs,pode causar?

RESUMO: Este artigo tem como temática o lixo e considerações a respeito de determinados impactos ambientais
perceptíveis que os resíduos sólidos potencializam em fragmentos do ambiente urbano. Abordamos
impactos ambientais negativos ocasionados pelas formas de uso, costumes e hábitos culturais
perceptíveis em cidades do Brasil. Registramos que o lixo causa impactos negativos em determinados
ambientes urbanos como margens de ruas e leito de rios, pela existência de hábitos de disposição final
inadequada de resíduos. Apresentamos parte da percepção ambiental de atores sociais da cidade de
Medianeira - Oeste do Paraná, Brasil - a respeito do lixo.
Palavras-chave: Ecossistema urbano. Lixo. Impacto Ambiental.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O crescimento populacional, a conseqüente
expansão territorial urbana e a ampliação do sistema
de produção e consumo industrial têm contribuído
para agravar as condições ambientais, sobretudo do
cenário urbano.
No ambiente urbano, determinados impactos
ambientais como a poluição do solo, da água e do ar,
ocupação desordenada e crescimento de favelas nas
p e r i f e r i a s ,   e d i f i c a ç ã o   d e   m o r a d i a s   e m   l o c a i s
inapropriados ou áreas de preservação tais como
encostas, margens de rios, mananciais e até regiões
de mangue precisam ser repensados e novos hábitos
estimulados.
A ocupação humana de ambientes urbanos
mais saudáveis requer do cidadão a condição de ser
agente principal no processo de interação com o meio.
O ser humano precisa estimular a percepção e se
compreender como um constituinte da natureza e não
como um ser a parte. Esta forma de compreensão
p r e s s u p õ e  me l h o r a r   a s   c o n d i ç õ e s   amb i e n t a i s ,
modificando formas de uso e manutenção do lugar
onde habita, pela fixação de hábitos culturais mais
saudáveis.
R e g i s t r amo s   a   o c o r r ê n c i a   d e   d i f e r e n t e s
percepções entre os atores sociais investigados. A
percepção do ecossistema urbano no que diz respeito
aos constituintes ambientais e os impactos negativos
- tanto os perceptíveis quanto os imperceptíveis - varia
s e g u n d o   a   p r o f i s s ã o   d o s   a t o r e s   s o c i a i s   e   é
i n f l u e n c i a d a ,   p r i n c i p a lme n t e ,   p e l a s   a t i v i d a d e s
cotidianas e pelo ambiente onde vivem os atores.
A percepção e tratamento do lixo e o uso da
água em Medianeira são intrinsecamente relacionado
às crenças e aos hábitos locais instituídos. Estes
determinam o uso no ambiente que, por sua vez,
reflete os impactos intensos e gravíssimos para a saúde
humana e o ambiente urbano da cidade. Constatamos
que há disposição inadequada de lixo em margens e
leito dos rios e ruas, Fundos de Vale e lotes baldios.
Também registramos a crença local de que o lixo
afastado do ambiente urbano não prejudica o morador
local, como é o caso do lixão da cidade.
As  que s tõe s  do  l ixo  em Medi ane i r a   s ão
distintamente percebidas, tratadas e valorizadas pelos
atores sociais locais. O acesso a um nível educacional
maior não assegura hábitos mais saudáveis para o
ambiente urbano. Registramos que a percepção
ambiental individual se alinha às percepções dos
grupos ,   formando pe r c epçõe s   col e t iva s  que   s e
assemelham. Estas percepções conformam a imagem
ambiental coletiva dos atores.
S i t u a ç õ e s   d e   p o l u i ç ã o   p e l a   d i s p o s i ç ã o
inadequada de lixo provocam impactos ambientais
negativos em diferentes ecossistemas da cidade como
as margens e leito dos rios, margens de ruas e estradas,
Fundos de Vale e lotes baldios. Caracterizam as
práticas locais e as formas de uso intensos do ambiente
urbano de Medianeira e são determinadas pelos
valores culturais, crenças e hábitos instituídos.
A  i n a d e q u a d a   u t i l i z a ç ã o   d o s   amb i e n t e s
u r b a n o s   n a s   c i d a d e s   d o   B r a s i l   a c e n a   p a r a   um
comportamento comumente observável e implicam
em danos ambientais graves e inconseqüentes.
Encerramos este diálogo afirmando que a
percepção permeia o conhecimento e que jamais,
percepção e conhecimento podem ser considerados
sinônimos. A percepção alimenta o processo de
mediação, de julgamento perceptivo, enquanto que o
conhecimento é um processo epistemológico.
FONTE : http://www.scielo.br/pdf/sn/v20n1/a08v20n1.pdf
Júlia Laviola

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