terça-feira, 18 de outubro de 2011

Impactos ambientais de resíduos solidos.

Resumo  O artigo objetiva despertar a atenção para os problemas de saúde coletiva e saúde ocupacional associados aos resíduos sólidos municipais, particularmente, em função da má gestão
dos mesmos e de um modelo de desenvolvimento no qual o meio ambiente, a saúde pública e a
saúde do trabalhador são relegados a um plano secundário. Escrito com base em uma revisão bibliográfica, o artigo foi enriquecido por alguns resultados de estudos recentes dos quais os autores participaram. São apontados alguns eixos principais da questão que ajudam a compreender
a aus ênc ia, quas e   total , de   e s tudos   e  pe squi sas  que  pos sam  embasar  uma  g e s tão dos   re s íduos ,
que considere a preservação do meio ambiente e da saúde humana. Ao procurar ampliar a discussão sobre os resíduos sólidos o que se busca é a sua inserção, de forma mais significativa, como tema da saúde pública.
Palavras-chave  Saúde Ocupacional; Resíduos Sólidos; Limpeza Urbana

Conclusão
Os problemas decorrentes dos resíduos sólidos
municipais na América Latina continuam presentes e sem um equacionamento adequado.
O lançamento indiscriminado dos resíduos no
meio ambiente mantém-se como prática comum. Muitos dos vazadouros são à beira de
cursos d’água (ou nos próprios), podendo provocar fortes impactos ambientais nos mesmos,
rompendo o equilíbrio do ecossistema.
A presença dos resíduos sólidos municipais
nas áreas urbanas é muito significativa, gerando problemas de ordem estética, de saúde pú-
blica, pelo acesso a vetores e animais domésticos, obstruindo rios, canais e redes de drenagem urbana, provocando inundações e potencializando epidemias de dengue e de leptospirose, entre outras.
Aos países em desenvolvimento não resta
alternativa, senão a de uma mudança comportamental em relação aos resíduos, com redu-
ção na sua geração, utilização de tecnologias
que estejam dentro das suas capacidades técnicas e de recursos, para gradativamente irem
adquirindo maior controle sobre os efeitos ambientais e na saúde, provocados pelos seus pró-
prios resíduos.
As medidas de prevenção e controle dos
efeitos na saúde coletiva e na saúde ocupacional, dos resíduos sólidos municipais, dependem de informações e dados epidemiológicos
em que sejam estabelecidos os nexos causais.
O apoio a pesquisas dentro deste enfoque é
prioritário.
O desenvolvimento de capacitação técnica,
tendo em vista as questões ambientais e de
saúde, dos profissionais envolvidos nos sistemas gerenciais de resíduos, poderá, a médio e
longo prazo, introduzir estas variáveis nos projetos e planos.
A educação e conscientização da popula-
ção em geral, sobre os efeitos ambientais e na saúde, da disposição inadequada dos seus resí-
duos e de suas responsabilidades enquanto cidadãos, exigirão um esforço muito grande, mas
são básicos para uma mudança comportamental que irá repercutir diretamente no gerenciamento dos resíduos.
As condições básicas de vida a que todos os
seres humanos têm direito (saúde, segurança,
trabalho, educação, moradia etc.), dependem
diretamente de um meio ambiente saudável
(Johnston, 1995). Os elevados índices de morbidade e mortalidade nos países em desenvolvimento, com os conhecimentos de prevenção
que se têm, poderiam ser reduzidos quase aos
níveis dos países desenvolvidos. As causas dos
atuais excessos de doenças nos países em desenvolvimento são, na sua maioria, originárias
do meio ambiente e poderiam essencialmente
ser evitadas (Doll, 1992; Mendes,1988)

FONTE : http://www.scielo.br/pdf/%0D/csp/v17n3/4651.pdf
júlia laviola.

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